quinta-feira, 5 de maio de 2011

DÉCIMO QUINTO DIA - 08 de Abril de 2011 - Santana do Livramento/BR X Xangri-Lá/BR

Acordamos aliviados, ontem foi um dia terrível, o mais difícil da viagem, por mais que estávamos preparados para enfrentar esse tipo de situação, ela ao vivo é muito mais complicada que na teoria, mas superamos isso, e agora é ir pra casa, arrumamos nossas tralhas, fomos aos freeshops comprar uns presentinhos e seguimos viagem, saimos de Santana do Livramento ja com o oleo da moto do Rafael trocado, dai pra frente paramos em Sao Gabriel para almoçar e nosso tocada foi tranquila até Xangri-lá, apenas uma chuvinha fraca e o cansaço que nos acompanha. Emfim a viagem chegou ao final, saimos em três e voltamos em dois (o Paulo ficou pelo caminho), foram 15 dias de viagem, algo como 7.300 km no total, saímos dia 25 de Março de 2011 e retornamos dia 08 de Abril de 2011.
A saudade era muito grande durante a viagem inteira, e quando parei minha moto na garagem de minha casa e minha linda filha e minha esposa vieram me dar um abraço e um beijo senti que tudo que fiz, todas as dificuldades, todo o frio e o medo que passei valeu cada segundo.

Só existe dois dias no ano que nada pode ser feito.
Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.
( Tenzin Gyatso, 14º Dalai Lama )

DÉCIMO QUARTO DIA - 07 de Abril de 2011 - Rosário/AR X Santana de Livramento/BR/

A noite, novamente senti muito o cansaço dos dias seguidos de viagem, essa rotina de andar o dia inteiro, chegar em uma cidade a noite e no outro dia sair cedo cansa muito, e isso vai minando as energias, tenho sentido cãibras terríveis nas madrugadas... Acordamos animados, faltam apenas dois dias para chegarmos em casa, a saudade anda grande, arrumamos nossas bagagens, tomamos um café minguado tradicional argentino e saímos em direção a ponte que atravessa o rio Paraná, achei que era mais perto mas andamos um bom tempo no centro e depois pela constanera até chegar a ponte, no caminho deu para ver como Rosário é uma cidade grande e linda, muitas praças, ruas largas e a beira do rio muito organizada, a ponte majestosa e imponente, passamos pela ponte w seguimos pela temida Província de Entre Rios, seguimos em um ritmo de 100 km. p/h, o transito pesado, muitos caminhões, mas fomos indo, andamos algo como 100 km. e fomos parados pela temida Policia de Entre Rios, a conversa a mesma que sempre ja relatado por colegas viajantes, inventaram que estávamos acima do limite de velocidade e queriam nos extorquir em R$ 1.000,00, depois de muita conversa e até discussões, para nos livrarmos desses bandidos demos R$ 240,00, antes porem fomos muito ameaçados de ter as motos retidas, infelizmente a Argentina é um belo pais, mas esses policiais mancham toda a hospitalidade do povo argentino, no mínimo lamentável, ainda mais pela repetição de fatos semelhantes... Saímos dali sem um misero peso argentino no bolso, seguimos viagem já com atraso para o mais rápido possível sair do território argentino, seguimos até Concepcion del Uruguay e dali em pouco tempo estávamos em Paysandú/UY, contamos com a boa vontade dos funcionários do pedagio para conseguirmos pagar com dinheiro Brasileiro e entramos no Uruguay, sinceramente neste momento, depois do ocorrido, pensei seriamente em não voltar mais a Argentina, no Uruguay me sinto seguro, as estrada são tranquilas, paramos em um posto de gasolina logo na saida de Paysandú e fizemos um lanche, era quase 15 hs., nosso destino Santana do Livramento estava a quase 350 km. ainda, demoramos na verdade quase 7 hs. para percorrer 400 km., tudo em função da policia e do trâmite na aduana... Seguimos viagem, o cansaço se apresenta, as retas sonolentas com pouco movimento estão me deixando caindo de sono, vamos parando e num ritmo mais lento que o normal... ao final da tarde, pouco antes de anoitecer chegamos em Taquarembó, abastecemos, conversamos um pouco sobre como os Uruguaios são receptivos, seguimos viagem, minha moto em um ritmo mais lento e com a boa gasolina Uruguaia esta fazendo 25 km. p/litro, baita média, a Ninja 250 do Rafael, faz mais ou menos o mesmo... Logo estávamos e Santana do Livramento, fizemos o trâmite de entrada no Brasil e fomos procurar um lugar para dormir, pegamos um hotel simples, temos que compensar a despesa com os policiais corruptos argentinos, nos acomodamos e fomos jantar...

DÉCIMO TERCEIRO DIA - 06 de Abril de 2011 - Mendoza/AR X Rosario/AR

Na noite anterior fiz algumas tentativas de contato com o Paulo, ele atendeu e disse que estava em Mendoza em um apartamento alugado, disse a ele que estávamos em um hotel e perguntei por que não nos esperou? Convidei ele para jantarmos juntos no centro, ele não apareceu...
Acordamos umas 06:30 hs. da manha, tomamos café e antes de amanhecer estávamos pegando a estrada, abastecemos a uns 30 km de Mendoza, a cordilheira ficava para trás, tínhamos pela frente muita estrada, muitas retas, seguimos em um ritmo bom, passamos por São Luiz bem cedo, paramos para esticar as pernas, conversamos um pouco, comentamos sobre o Paulo não ter nos procurado, a decisão foi dele, fazer o que... Seguimos, passamos por Villa Mercedes, e rumamos para Rio Cuarto, la abastecemos e paramos para comer algo, fizemos um lanche, e partimos em ritmo acelerado rua a Villa Maria, nesse trecho muitas pequenas cidades, muitas sinaleiras e muito atraso, chegamos em Villa Maria e resolvemos trocar o óleo da moto do Rafael, e os Argentinos quiseram nos extorquir, queriam cobrar como R$ 150,00 para trocar o óleo da ninja 250, muito obrigado hermanos, seguimos viagem, rumo a Rosário, a estrada é uma beleza, três pistas e acelerador no fundo, no final da tarde estava pilotando e tirei uma linda foto da moto do Rafael e ao fundo o por do sol, as 20hs. estávamos em Rosário, cidade grande, conseguimos um Apart Hotel e logo estávamos acomodados, fomos jantar e tomar uma geladas, boas risadas, comida parecida com a nossa aqui do Rio Grande do Sul, depois de jantar fizemos os cálculos de quanto andamos durante esse dia, 875 km. com boa parte com transito pesado, fomos dormir e planejamos a viagem do outro dia, queremos chegar em Santana do Livramento...

DÉCIMO SEGUNDO DIA - 05 de Abril de 2011 - Santiago/CH X Mendoza/AR

Acordamos ainda escuro, na noite anterior já tínhamos acertado o hotel e também arrumado as bagagens, tomamos café e logo saímos, na saída logo sentimos o transito pesado do amanhecer de Santiago, era em torno de 7 hs. da manhã e as avenidas estavam cheias, passamos um certo trabalho para sair de Santiago e pegar o caminho de Los Andes, acabamos nos perdendo, eu e o Rafael seguimos por um caminho indicado por um senhor em uma banca de revistas, já o Paulo preferiu seguir as informações de seu GPS e seguiu por outro caminho, algum tempo depois já na auto-estrada acabamos nos encontrando novamente, entre Santiago e Los Andes são mais ou menos 90 quilómetros, mas demoramos quase 2 hs. para vencer esses quilómetros, em Los Andes abastecemos as motos e começamos a subir a cordilheira, o dia esta muito bonito, muito sol, sem vento e temperatura agradável, iniciamos a subida e nos quilómetros iniciais muito verde, muita vegetação e algumas casas na beira da estrada, a estrada nesse trecho estava em reforma, com desvios e muitos caminhões lentos, fomos indo com calma, numa dessas paradas encontramos o pessoal de Curitiba que havíamos conhecido em Valparaiso/CH, nossa velocidade de viagem é bem mais lenta que dos nossos companheiros, então falamos rapidamente e eles seguiram em frente, a cordilheira aos poucos vai mostrando toda a sua imponência, montanhas surgem de todos os lados, a vegetação aos poucos vai ficando pouca, a estrada serpenteia por caminhos em beira de precipícios, quando chegamos ao pé de Los Caracoles, paramos para tirar umas fotos, a visão é única, apesar de ter passado por ali há 3 anos ainda senti uma emoção muito grande com a visão dos Caracoles, agradeci a Deus por me permitir voltar a fazer mais uma grande viagem como esta. Subimos nas motos e alertei meus companheiros de viagem sobre os cuidados que temos que ter na subida da cordilheira, pois nesse local existe um transito de caminhões muito intenso, iniciamos a subida e fizemos uma parada para algumas fotos, encontramos novamente nossos companheiros de Curitiba também tirando fotos, logo seguimos viagem, pois nosso destino é Mendoza, porém no caminho existem muitas atrações. Entre retas curvas, montanhas, estrada em reforma, pressipicios, fomos indo e logo chegamos no primeiro posto de fronteira, logo em seguida temos o túnel Cristo Redentor com seus 3.080 metros de extensão e 3.175 metros de altitude, logo que passamos o túnel eu e o Rafael resolvemos subir até o Cristo Redentor de Los Andes, o Paulo ficou de nos esperar mais na frente, o Cristo está a quase 4.000 metros de altitude, a subida é íngreme, a estrada é de chão batido, subimos bem devagar pela estrada que vai serpenteando a montanha, lá em cima o frio se apresentou, sentimos um pouco de tontura lá em cima, mas valeu a pena, a vista é muito linda e eu tinha uma divida comigo mesmo, pois na outra vez que estive nesta cordilheira acabei não subindo no Cristo, pois minha moto (Falcon) não teve forças para subir, só que desta vez a XT660 me levou até la em cima, ficamos 20 minutos lá em cima e logo começamos a descer, a descida é muito bonita e demoramos mais uns vinte minutos para descer. Pegamos novamente a estrada e logo chegamos na aduana, ali fizemos os trâmites de saída do Chile e entrada na Argentina, tudo tranquilo, logo chegamos no pé do Aconcagua, o segundo pico mais alto do mundo, ali fotos e seguimos até a Ponte do Inca, onde tiramos algumas fotos, falei com um Chileno que viajava um uma DR450 e estava acampando na cordilheira, tinha feito o Passo Agua Negra e me disse que iria demora mais uns 3 dias para chegar em Santiago, almoçamos ali em um barzinho bem simples, nessa região o vento se fazia presente, saímos dali e seguimos rumo a Uspalata, o sono começou a nos incomodar e paramos por alguns minutos em seguida, uma coisa que nos impressionou foi a velocidade dos caminhões na cordilheira, alguns andam a mais de 120 km. p/h, seguimos e paramos em Uspalata, que parece um oásis no meio do deserto, ali abastecemos e conversamos um pouco, achamos que encontraríamos nosso companheiro Paulo ali nos aguardando, mas ele não estava lá. De Uspalata até Mendoza são 100 km., que foram vencidos em pouco mais de 1 hora, chegamos em Mendoza com o sol se pondo, Mendoza é uma linda cidade ao pé da cordilheira, com muita plantação de uvas, e produtora de excelentes vinhos. Em Mendoza fomos procurar um hotel na entrada da cidade, o primeiro que chegamos ja ficamos, tentei ligar para o Paulo e não consegui contato, nos acomodamos, tomamos banho e fomos ao centro fazer cambio, depois fomos ao calçadão central jantar, umas olhadas na cidade, umas cervejas e fomos dormir, amanha sairmos cedo, a estrada tem que render...

DÉCIMO PRIMEIRO DIA - 04 de Abril de 2011 - Santiago/CH

Acordamos antes das 8 hs. da manha, como sempre o sol ainda não tinha saido, no Chile amanhece bem mais tarde do que no Brasil, e também anoitece bem mais tarde. Bom mas levantamos, me sinto cansado pela nossa maratona de vários dias de viagem seguida, depois de um banho para acordar fomos tomar o nosso café da manha a moda chilena, saimos do hotel, em volta do hotel varias universidades, como muitas alunas e alunos chegando, no Chile existe um programa governamental que estimula aos jovens a estudar e Santiago é uma cidade em que a cultura esta em cada esquina, seja em casas antigas muito bem conservadas, seja em esculturas de ícones Chilenos, seja em praças muito bem cuidadas, se tem a impressão de estar em uma cidade Européia, o metro cruza a cidade de lado a lado, existem largas avenidas com seu transito constante, pouquíssimos policiais na cidade, todos respeitam as leis. E nesse clima de uma cidade linda nós fomos caminhando buscar o local onde pegaríamos o tour para conhecer Santiago, perguntamos aqui, pergunta ali e logo estávamos aguardando o onibus, 18.000 pesos chilenos, esse é o preço do Turistik, que leva turistas em um onibus vermelho por um tour pelos pontos principais da cidade, são varias paradas, muitos locais legais, uma gravação no onibus explica onde estamos e onde vamos, realmente Santiago é uma cidade que vale a pena conhecer, descemos no shopping e fomos conhecer algumas lojas e acabamos almoçando ali mesmo, os habitos de horarios dos Chilenos quanto a alimentação são diferentes dos nossos, ao meio dia ninguem estava almoçando, quando saimos da praça de alimentação era quase 13 hs. e ai começava a chegar as pessoas para almoçar, pegamos o onibus novamente (você paga o valor e ganha um cartão que te permite andar o dia todo no onibus, mesmo descendo você pode voltar a subir e o cartão ta valendo), seguimos e fomos até o Cerro San Cristobal e ali subimos em uma especie de bondinho, bem legal, pelos meio de uma mata fechada, lá em cima uma vista fantástica de toda a cidade, uma nevoa de poluição abraça toda a cidade, isto é uma das preocupações de toda a população, quando era umas 15 hs. seguimos em direção ao centro da cidade, fomos até a praça central, e dali seguimos até o Mercado Público, recebemos a indicação de comermos na Marisqueira Augusto's e lá fomos nós, quando chegamos lá o mercado estava fechando, mas assim mesmo conseguimos entrar, e fomos para o centro do Mercado, o Mercado é muito parecido com o que tem em Montevideu/UY, bom mas vamos ao que interessa: chegando lá encontramos o restaurante quase fechando, numa mesa um Senhor de jaleco branco conversava animadamente com um casal, ao entrar no espaço do restaurante fomos cumprimentados por esse Senhor, sentamos em uma mesa central, havia poucas pessoas no restaurante, fomos atendidos por um garçom que nitidamente tinha pressa de ir embora, pedimos lula gratinada e uma cerveja, atrás de nossa mesa havia um painel com fotos, tinha foto do Robinho, Zamorano e outros, tinha foto do Chivas do México e tambem do União Espanhola do Chile, e nessas fotos sempre a companhia do Senhor que nos cumprimentou, então ele é o Augusto, dono do Restaurante, o Rafael não resistiu e foi até ele cumprimenta-lo, ele foi muito educado e conversa vai conversa vem, o Rafael explicando de onde somos perguntou a o Augusto se conhecia Porto Alegre, ele mais do que rápido disse que sim, e que inclusive "tem uma tia em Porto Alegre", ai na nossa ingenuidade perguntamos quem era e tudo mais e ele disse que era a "Tia Carmem", hehehehehe, falamos que não conhecemos, mas conhecemos as sobrinhas, hehehehe (www.carmensclub.com.br), tiramos uma foto com o Augusto, comemos a lula gratinada e nos despedimos do Augusto, baita figura. Fomos tirando fotos e caminhando pelo centro, seguimos até o Palácio de Governo, e depois retornamos ao hotel, foi um belo dia, muito sol e temperatura agradavel, no retorno ao hotel tomamos banho e logo saimos para comer algo, fomos a um restaurante Peruano e tomamos a Cerveza Cusqueña, muito boa mesmo, retornamos ao hotel e logo fomos dormir, amanhã temos que começar o retorno...

DÉCIMO DIA - 03 de Abril de 2011 - Viña del Mar/CH X Santiago/CH

Bom é hora de retornar aos relatos desta maravilhosa viagem...

Acordamos antes das 8 hs. da manhã, a noite foi fria, não dormi bem, estou cansado, os dias seguidos viajando começam a pesar pois mesmo os dois dias parados em San Pedro de Atacama foram puxados, levando cedo, dormindo tarde... Mas não vim ao Chile pra ficar reclamando, pulamos da cama, tomamos café da manha e fomos caminhar pela cidade, como é domingo tem poucas pessoas na rua, mas caminhamos bastante, e Viña del Mar é uma bela cidade, muitas praças, avenidas largas, e muitos, muitos cachorros na rua, todos gordos e bem cuidados, Viña del Mar também tem metro, não sabia, agora sei, caminhamos bastante e pouco antes das 11 hs. retornamos ao hotel, arrumamos nossas bagagens e nos despedimos de Viña del Mar, pegamos o rumo de Valparaiso, que fica ao lado, na saída de Viña del Mar tiramos fotos no relógio de flores, e ali encontramos uns motociclistas de Santa Catarina, um deles tinha uns 7o anos, parabéns pelo espírito aventureiro deles, saímos e fomos tirar umas fotos do mar, o dia estava com nevoeiro, o mar é muito diferente, apenas uma onda e quebra na beira, e numa dessas ondas o mar tentou me dar um banho, escapei por pouco, apenas molhou as botas.
Seguimos pela beira mar e o sol começou a aparecer aos poucos, muita humidade e um pouco de frio, logo chegamos a Valparaiso, ali muito movimento, turismo, visitação ao super porto, fomos conhecer um dos elevadores, antigo, muito antigo, quase 100 anos, e muito mal conservado, chega a dar medo, subimos, deixamos as motos aos cuidados da moça da bilheteria, ao chegar lá em cima fomos presenteados com uma vista maravilhosa, linda a vista do porto, da cidade, show de bola, lá encontramos outros motociclistas de Curitiba, uma bmw 1200, uma cbr 600 e duas bandit 650, boa sorte aos companheiros de estrada, fotos e mais fotos, e logo seguimos rumo a Santiago, no caminho muitos parreirais e oliveiras, e um visual fantástico, andamos poucos quilómetros e já paramos para almoçar, o restaurante era dos mais chique, bonito e caro, logo chegou um pessoal de Erechim com umas esportivas e carro apoio, cinco casais, gente finíssima, conversamos e logo nos despedimos, eles também iriam para Santiago, mas nos temos o nosso ritmo de viagem e eles o deles.
Pouco mais de 14:30 hs. estávamos em Santiago, passamos um pouco de trabalho para conseguir hotel, Santiago é uma cidade cara, como toda metrópole, depois de quase uma hora conseguimos um hotel simples com garagem e por um preço não tão caro, tomamos banho e nos arrumamos e fomos pegar um táxi, pois tínhamos combinado aqui no Brasil ainda de irmos a jogo de futebol, e fomos a Universidade de Chile X Santiago Wanders, em pouco mais de 20 minutos estávamos no estádio, pegamos um pouco de fila, mas deu tudo certo e logo estávamos na arquibancada, chegamos 10 minutos antes do jogo, o estádio estava quase cheio, ao fundo víamos a cordilheira, o sol esquentava mas era necessários um casaco, o jogo morno sem muita qualidade, apenas dois ou três bons jogadores do lado da Universidade, mas valeu para conhecermos o dia a dia do povo chileno, como digo sempre para meus companheiros de viagem, temos que interagir com as pessoas, hehehehe, o jogo terminou 4 a 1 para a Universidade, saímos poucos minutos antes de terminar o jogo, pegamos um táxi e retornamos ao hotel, dali fomos ao centro jantar e pouco depois retornamos ao hotel, pegamos informações sobre um tour para amanha e fomos dormir...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

NONO DIA - 02 de Abril de 2011 - La Serena/CH X Viña del Mar/CH

Bom, ontem foi aniversário do meu Pai, liguei ontem pela manha, abraço Pai;

Acordamos e começamos a arrumar as tralhas, isso é uma coisa que ocupa tempo, cada dia temos que arrumar tudo, e minhas roupas vão misturando as limpas com as sujas e vira uma confusão, ainda mais que lá em San Pedro mandei lavar umas cuecas, meias e camisetas e voltaram mais sujas e com um cheiro issuportavel de enxofre, então imagina... Bom tomamos café, arrumamos a bagagem nas motos e fomos seguindo, saimos mais tarde, pois é sabado e a garagem onde colocamos as motos abriu as 8:30 hs., seguimos pela Ruta 5 em velocidade de 90/100 km. p/h, a viagem é rapida, na entrada para Viña del mar, por culpa minha eramos e seguimos reto, andamos uns 20 km. e nos demos conta do erro, a menina de um pedágio nos deu a informação correta, voltamos e entramos para Viña, a cidade é muito bonita, tem um charme especial, não é de graça que é um dos endereços mais badalados da America do Sul, chegamos procuramos um hotel acessivel, mas tudo é caro, quando não é caro esta cheio, andamos por 30 minutos e acabamos indo para o hotel que eu ja conhecia de outra viagem em 2008, ficamos lá pois fica bem localizado, as acomodações são boas e o preço não é tão bom, mas... tiramos as tralhas da moto, e fomos a piscina eu e o Rafael, relaxamos e depois fomos passear na cidade com a companhia do Paulo, caminhamos um pouco e acabamos contratando uma charete para fazer um passeio rapido na zona central, andamos pelos pontos turisticos principais, e ja anoitecendo fomos caminhando até uma pizzaria, jantamos, e seguimos caminhando, até que cansados retornamos ao hotel para dormirmos.

terça-feira, 12 de abril de 2011

OITAVO DIA - 01 de Abril de 2011 - Chañaral/CH X La Serena/CH

Acordamos sem luz na cidade, o hotel que estávamos tem gerador, isso quer dizer que é frequente faltar luz, a cidade com a luz do dia, apesar de ser um dia cinzento pela cerração fechada, me parece mais uma pequena vila plantada a beira do Oceano Pacifico para servir de dormitório aos viajantes, de um lado o oceano de outro as dunas, uma pena termos chegado a noite, o visual lá de cima deve ser muito bonito, mas... tomamos banho, tomamos café, e fomos arrumar as coisas para seguirmos viagem, nossas roupas de viagem estão imundas e com um cheiro horrível, ou seja estamos fedendo, nesse local não tem casa de cambio e temos pouco dinheiro chileno, mas como os bancos que fazem cambio abrem apenas as 9:00 hs. resolvemos tocar até a próxima cidade, na saída seguimos costeando o oceano e o visual é muito lindo com muitas montanhas a beira mar com o mar batendo nas pedras, aquele mar escuro e imponente, andamos poucos quilómetros e tenho que parar para por as luvas grossas, o tempo esta frio e húmido, começa uma fraca chuva que logo desaparece, seguimos e surgem praia de arreia em bahias muito bonitas, fico pensando isso aqui é mais bonito que o litoral de Santa Catarina, apenas falta o calor e o mar quente, logo chegamos a nosso primeiro destino para cambiar dólares, Caldera é uma pequena e bonita cidade a beira do oceano, uma praça bonita e gente simpática, fui ao Banco trocar os dólares, em 20 minutos estávamos liberados, dali seguimos a Copiapó, sempre pela ruta 5, uma 11:30 hs. estávamos em Copiapó, abastecemos e fizemos um lanche rápido, me sinto cansado nesse dia e falo a meus companheiros que ao invés de andarmos mais quem sabe paramos em La Serena, todos concordam, seguimos e o caminho é o mesmo do dia anterior no meio do nada, deserto e caminhões andando a mais de 100 km. P/h, viajo preocupado, o Paulo e sua Burgman andam a menos de 100 km. P/h, isso faz os caminhões ultrapassa-lo, seguimos e logo no meio da tarde chegamos a linda e com mar poluído La Serena, vamos direto a praia, fotos e seguimos ao centro que fica afastado do mar quase 1 quilometro, ficamos em um hotel bem no centro, a cidade é bonita e organizada, tem um ar alegre, o hotel simpático e com preço justo, nos acomodamos e em seguida fomos andar na cidade, tudo organizado com muito movimento na zona central da cidade, com certeza uma cidade para voltar e conhecer melhor, alias ali perto é a subida do Paso de Agua Negra que futuramente vou atravessar. Anoiteceu e fomos jantar, e depois de algumas cervejas e alguns passeios pelas ruas centrais fomos dormir.

domingo, 10 de abril de 2011

SÉTIMO DIA - 31 de Março de 2011 - San Pedro de Atacama/CH X Chañaral/CH

Ontem quando fomos ao passeio nas Termas de Puritama não estávamos sozinhos, tínhamos a companhia de mais uma família de nativos na van, e conversa vem conversa vai e a Senhora ao ser perguntada sobre chuva nos abriu o jogo que este ano no verão em Janeiro tivemos chuva durante uns quinze dias, chovia a tarde por uma hora e parava, e que fazia uns 10 anos que não chovia, mas esse ano choveu e bastante.

Bom, acordamos cedo e fomos tomar café, arrumamos as coisas e saímos do hotel umas 8:15 hs. da manhã, me despedi mentalmente de San Pedro de Atacama, concretizei um dos sonhos de minha vida, chegar aqui não foi nada fácil, você tem que se preparar muito, financeiramente, e principalmente mentalmente, mas com certeza vale muito a pena... Nosso primeiro destino era Calama, em pouco menos de uma hora vencemos esse caminho, estava frio e tivemos que utilizar as luvas grossas e bala clavas, abastecemos em Calama, nesse dia amanheci com muita saudade de minha esposa e de minha filha, é complicado essas viagens por esse motivo, ficar 10/15 dias fora não é facil. Seguimos nosso caminho agora pela Ruta 5, que corta o Chile de um lado ao outro, e nesse dia temos que trocar o oléo das motos, por isso seguimos direto para Antofagasta e lá chegamos passando das 13 hs., a primeira parada foi a beira mar para vermos o Pacifico, escuro e imponente com ondas que arrebentam contra as pedras, as praias em Antofagasta são cheia de pedras, não vimos arreia, fomos procurar uma oficina de motos, perguntamos em um posto de gasolina e nos disseram aonde fica a Yamaha, seguimos para lá e fomos bem atendidos, o serviço foi rapido e bem feito, pagamos algo como R$ 50,00 cada moto, e fomos almoçar, almoçamos no mercado de peixes a beira mar comemos uma sopa marineira, muito boa e por um preço justo, mais ou menos R$ 10,00 o prato, saímos rápido para seguir viagem, o mar é muito lindo e limpo em Antofagasta, este mercado é onde chegam os pesqueiros e onde vendem os peixes frescos e tem vários restaurantes onde você come no balcão, apesar de ser um local onde os barcos ancoram o mar é muito limpo, dava para ver o fundo do mar e os leões marinhos nadando, muito legal Antofagasta, bom saímos e pegamos novamente a Ruta 5 agora com destino a Calama, andamos alguns quilómetros e encontramos o monumento da "Mão do Deserto", fotos e mais fotos, e logo seguimos, tínhamos um vento favorável e muita estrada pela frente, a estrada, a mística Ruta 5, rasga o deserto então você olha para um lado e tem pedras e arreia, do outro a mesma coisa, aonde você alcançar a vista só enxerga deserto, o transito é quase 100% de caminhões e eles andam acima de 100 km. p/h e isso não causou problemas pois nosso companheiro com a Burgman frequentemente era ultrapassado por esses caminhões... Bom seguimos e nosso destino não pode ser cumprido, ficamos em Chañaral uma pequena localidade encravada na beira do Pacifico, chegamos já com noite escura, ali pegamos um hotel simples, jantamos e fomos dormir.

sábado, 9 de abril de 2011

SEXTO DIA - 30 de Março de 2011 - Em San Pedro de Atacama/CH

Bom vamos lá:

Primeiramente gostaria de dizer algumas coisas sobre San Pedro de Atacama, aqui a natureza esta a todo momento se manifestando de formas variadas e explendidas, ontem nos Geisers senti que esse não é um lugar qualquer... Bom agora a cidade é um daqueles lugares tirado de filmes, tudo é mantido na forma mais original possível, então tudo é cinza ou branco, existem muitos comércios que vendem lembranças e artezanatos, mas aqui para ter uma informação de um lugar turístico é complicado eles ficam te enrolando ou dão a informação muito vaga e na verdade querem te vender um tour, e isso é complicado, ainda mais pra uns pelados que nem nós, aha e outra coisa aqui tudo é caro e as vezes muito caro... Bom e tem outra coisa grave em San Pedro de Atacama: Entrei em um barzinho e pedi um Hot Dog, e veio um cachorro quente com os seguintes ingredientes: pão, salcicha, repolho, e abacate salgado, isso é imperdoável...

Mas vamos ao dia, acordamos umas 7:30 hs. e cansados, dor no corpo e sono, fomos tomar café e tivemos a surpresa do café da manha do hotel ser bom, saímos do hotel umas 9:00 hs. e fomos ao Salar do Atacama, seguimos até Tuconão e ali entramos no Salar, chegamos e havia poucos turistas, mas haviam muitos flamingos, branco com vermelho, tiramos fotos, andamos de um lado para o outro, realmente é muito bonito o salar, nota 1000, as 11:30 hs. começamos a retornar pois tínhamos um tour até as Termas de Puritama, então retornamos ao hotel com rapidez e no caminho fiquei apreciando as paisagens, de um lado o Salar, do outro montanhas, vulcões, ao fundo dunas, que lugar fantástico e um sol daqueles, bom mas chegamos em San Pedro e fomos ao hotel, tomamos banho e aguardamos a van, logo estamos a caminho das termas, fica a uns 30 km. de San Pedro, e a chegada lá é expetacular, no meio do nada, surge um buracão no meio de muitas pedras e lá no fundo as termas, agua de 33 graus, e piscinas para os banhistas, show de bola, ficamos até umas 16:30 hs. tomando banho e depois pedimos para retornar, chegamos ao hotel com fome e fomos comer o tal hot dog, umas 19 hs. saímos para ir ao Vale de La Luna, e uma informação errada nos fez andar muito e quando chegamos ao Vale de La Luna ja estava escurecendo, e não me pareceu nada demais, talves por que já olhamos muitas coisas lindas aqui... Bom retornamos ao hotel, fiquei no computador falando com a família um tempo, depois fomos ao centro comprar as últimas lembranças de San Pedro, por que amanha pegamos a estrada novamente, pouco antes da meia noite fomos dormir, isso depois de umas geladas, aliás geladas são sagradas na finaleira no dia em nossa viagem.

domingo, 3 de abril de 2011

QUINTO DIA - 29 de Março de 2011 - Em San Pedro de Atacama/CH

Bom, fomos dormir tarde, quase meia noite, e na verdade fiquei acordado até as 1:00 hora da manha, minha hemoglobina estava nas alturas, mas tinha que dormir pelo menos algumas horas... Acordei pouco depois das 3:00 hs. e esperei um pouco pelo relógio despertar, logo eram 3:30 hs. e fomos levantando, tomamos banho para se refazer pelo pouco tempo de sono e seguimos para a recepção do hotel, alias o nome do Hotel é Convarsch, e o preço é 150.000 pesos por dia pelos três, bom o tour é da mesma empresa no hotel e para ir aos Geisers del Tatio pagamos US$ 27,00 por pessoa, bom mas o horário marcado era as 4:00 hs., só que saímos as 4:30 hs., mas como tudo é festa fomos tranquilo, a van foi pegando turistas pelos hotéis e logo tínhamos 11/12 pessoas na van, todos felizes e ansiosos pelo passeio, o caminho é por uma estrada muito ruim, em alguns quilómetros a van treme tudo, são quase 90 quilómetros entre San Pedro e os Geisers e demora mais de uma hora pra chegar lá, então quando eram umas 6:00 da manha, estávamos lá com 5 graus negativos, quase emcarangados, mas muito afim de ver tudo, quando estávamos chegando lá uma das nossas companheiras de van se sentiu mal e função da altitude de 3.500 mts., mas nós ficamos bem, o guia/motorista da van fez uma explanação sobre o local, sobre os perigos e tudo mais, ai tomamos café e aguardamos o horário em que os Geisers jogam a agua para cima, umas 7:00 eles começam a borbulhar e jogar jatos para fora da terra, alguns jogam alguns centímetros, outro quase um metro, mas é muito bonito essa manifestação da mãe natureza, depois das 8:00 da manha fomos aos Geisers maiores com recomendações de muito cuidado, por que já houve mortes lá, fotos e mais fotos e muitas risadas do frio, tinha uns europeus de bermuda lá e tava um frio de matar... Bom mas não parou por ai, botamos calção de banho, eu e o Rafael e entramos na piscina natural, o Paulo não teve coragem de encarar, pra tirar a roupa foi complicado pelo frio mas depois de entrar na agua de 37 graus tudo fica bem, enquanto isso aqueles turistas europeus brancos como neve trocando de roupa ali na frente de todo mundo, é bunda branca pra cá e bunda branca pra lá, mas ai comecei a pensar e a hora de sair???? hehehe, mas tivemos que sair e vou dizer uma coisa não foi tão frio assim, bom ai ficamos mais alguns minutos e logo a van começou a retornar.

Lá nos Geisers encontramos um grupo de motociclistas de Curitiba, uma falcon, uma vstron 650, duas xt 600 e uma xre, gente boa os caras, abrasão pra eles...

Saímos dos Geisers e ai deu pra ver por onde subimos, era penhasco e montanha pra todos os lados, paramos em Machuca para um turismo daqueles montados, com direito a churrasco de Llhama e tudo mais, onde falamos com o pessoal de Curitiba novamente e ficamos sabendo que uma parte do grupo foi de moto aos Geisers e ficaram sem gasolina na volta... Bom logo saimos de lá e por volta do meio dia estávamos em San Pedro, nos arrumamos e fomos ao centro cambiar dinheiro, nos perdemos, e ficamos dando voltas até nos encontrar novamente, fizemos o cambio e fomos ao hotel pagar a hospedagem???? meteram uma pressão em nós para pagar sempre adiantado, pagamos e não discutimos!!!!!!!!!! Saímos e fomos a entrada da cidade tirar fotos da placa de entrada, pois na noite anterior não tiramos por já ser escuro, de lá fomos até a altura do Vulcão Licancambur, onde tiramos varias fotos da estrada mesmo, pois as motos com excessão da minha não encarariam um ripio para chegar no vulção, voltamos a San Pedro cansados e fomos almoçar, primeiro tomamos banho e depois fomos a praça tirar fotos e ai sim almoçar, almoçamos na frente da praça e depois voltamos para o hotel para descalçar, estávamos no bagaço, a noite fomos jantar no centro e cedo fomos dormir...

sábado, 2 de abril de 2011

QUARTO DIA - 28 de Março de 2011 - San Salvador de Jujuy/AR X San Pedro de Atacama/CH

Buenas;

Antes de mais nada gostaria de comentar sobre alguns detalhes dos dias anteriores: para quem não conhece o interior da Argentina, na região do Chaco e de Santiago de Estero as pessoas criam muitos animais (cabras, porcos, burros) soltos e esses animais ficam sobre a pista e para completar os carros em grande maioria andam em alta velocidade por muito pouco não presenciamos acidentes, outra coisa são as cidades que são isoladas e abandonadas pelos governantes, então é barro, poeira, falta de gasolina, ...

Bom mas vamos ao dia de hoje, acordamos e estava escuro e chovia, arrumamos nossas bagagens e fomos tomar café, vai pra cá e vai pra lá e ja era 8:30hs. quando saímos do hotel, na verdade estávamos em uma maratona de 2,5 dias viajando com chuva e chegando a noite nas cidades e isso vai deixando a gente cansados, mas saímos e pegamos o caminho rumo a subir a cordilheira, pela Ruta 9 que liga a Argentina com a Bolivia, logo que saímos uns 20 km. após Jujuy a chuva parou, confirmando uma informação do recepcionista do Hotel Internacional que logo acima não estava chovendo, seguimos e tudo era novidade, encontramos alguns motociclistas acredito que Brasileiros descendo para Jujuy, mas fomos indo e fotos e mais fotos e quando chegamos no trevo da Ruta 52 me dei conta que não tinha certeza que encontraria algum posto de combustível no caminho, apenas tinha certeza do posto YPF de Jama, mas era uma quilometrarem larga, então decidimos ir a Tilcara abastecer e ai comemos algo, compramos um galão de gasolina para cada um e quando estavamos prontos para sair já era 11:30 hs., voltamos ao trevo da Ruta 52 e começamos a subir, paramos em Purmamarca para tirar algumas fotos, inclusive do cerro de 7 corres, e fomos indo e a cada curva uma nova paisagem imprecionante, lugarejos, montanhas, curvas em sequência e nossa velocidade média bem baixa, logo chegar ao Salar de Salladilo, quando avistamos aquele branco ao longe fiquei impressionado, e queria cada vez mais acelerar rápido para chegar no salar, chegamos lá e é muito bonito mesmo, tiramos fotos, brincamos no sal, haviam muitos turistas e viajantes lá, ficamos quase uma hora e seguimos viagem, subimos agora em um ritmo melhor, e com pouco movimento na estrada logo chegamos em Susques, umas olhadas básicas e algumas fotos e fomos seguindo, e após uma curva a pouco mais de 500 mts de Susques, tivemos a surpresa de encontrar um posto de combustível, ali abastecemos, e ficamos alguns minutos conversando, tempo suficiente para perceber que naquela distancia de tudo o frentista estava na internet em seu notbook... Mas fomos indo e subindo e lindas montanhas, e lindas retas e muitas fotos e subindo e quando chegamos no posto YPF é que fui sentir o peso da altitude, parei a moto forra do box para abastecer e descer da moto foi complicado, como se a moto estivesse com o dobro de peso e eu com a metade de minhas forças, para arrastar a moto para abastecer foi muito complicado, tomamos um café, comemos um lanche, trocamos algumas palavras entre nós e seguimos para a aduana, fizemos o trâmite de saída da Argentina e seguimos até a placa da altitude do Passo de Jama, quando faltava uns 300 mts. pensei em como é difícil chegar ali, acho que não tinha a verdadeira noção da dificuldade que iria encontrar, agradeci a Deus por mais uma conquista, ali senti bastante, tive até alguma tontura, mas estava muito feliz, fotos e seguimos... Quando atravessamos a fronteira já sentimos um vento forte e lateral que tentava jogar nossas motos pra forra a pista, fomos indo e alem do vento começou a baixar a temperatura e o frio esteve quase isuportavel, isso que estamos bem equipados, segunda pele, luvas de couro bem grossas, andamos uns 60 km. sobre essas condições, e você pensa em voltar, mas ai é aquela coisas, pra voltar fica complicado pois tem a altitude, pra ir em frente você não sabe quantos quilómetros ira encontrar de frio ainda, e até pensei comigo mesmo, "será que no Atacama será todos os dias assim", mas seguimos e o frio foi diminuindo e o vento diminuindo e daqui a pouco até ficou agradavel, e começamos a descer em direção a Sâo pedro de Atacama, passamos pelo Vulcão Licamcabur já anoitecendo e olhando ao longe as luzes de São Pedro, seguimos e chegamos a San Pedro umas 20 hs. já escuro, fizemos o trâmite de entrada no Chile e por sinal eles são bem enrolados, demoram pra te atender e não gostam de te explicar as coisas, mas é assim mesmo... entramos em San Pedro e era rua contra mão pra cá e rua contra mão pra lá, e entramos numa ruazinha apertada, alias todas as ruas são apertadas, e fomos em busca de um hotel e alem do hotel por 50 mil pesos chilenos para o três, contratamos o tour para os Geisers del Tatio para o dia seguinte, entramos no hotel, fomos ao centro jantar e olhar a cidade e voltamos logo para dormir, afinal amanha as 4:00 hs. iremos aos Geisers.

Foi um dia fantastiso e muito puxado.

terça-feira, 29 de março de 2011

TERCEIRO DIA - 27 de Março de 2011 - Saenz Peña/AR X San Salvador de Jujuy/AR

Acordamos e chovia, fomos tomar aquele café tradicional Argentino com pouco o que comer, mas isso é tradicional deles, arrumamos as coisas e saímos, abastecemos as motos no trevo de saída da cidade e seguimos debaixo de muita chuva, andávamos em velocidade baixa, pois alem da chuva haviam muitos buracos na ruta, paramos uns 50 km a frente para falarmos sobre a chuva e os buracos, mais a frente em Pampa del Infierno paramos, e tive que por mais roupas pois o frio estava grande, sei que isso no Chaco não é normal pois todos são queixosos quanto ao calor mas é isso mesmo estava frio, tomamos um café quente e seguimos, não abastecemos as motos pois tínhamos rodado poucos km desde o abastecimento, seguimos e a chuva nos acompanhou por mais algum tempo e aos poucos o tempo de chuvoso passou a nublado, seguimos para Pampa de Los Guanacos e tivemos a surpresa de não ter gasolina nos postos, seguimos com o objetivo de almoçar em Monte Quemado e lá abastecer, chegamos lá não tinha gasolina em nenhum dos dois postos, almoçamos em um restaurante horivel, uma sujeira terrível com banheiros imundos, mas era o que tinha e pelo geito a cidade não é das melhores.

Ai, nossa situação começo a ficar complicada pois tínhamos mais 50 km até Toco Pozo e minha moto já estava na reserva e as dos companheiros também tinham pouca gasolina e tinha mais a possibilidade de não ter gasolina lá, mas não adiantava ficar ali parados, seguimos, e a 15 km de Poco Pozo faltou gasolina na Burgman, paramos e decidimos que eu iria buscar gasolina, acelerei a XT660 e em poucos minutos estava na pequena cidade, fui nos dois postos e não havia nada de gasolina, pedi que conseguissem dois litro para buscar o Paulo mas nada, não tinha e nem se interresaram em ajudar, passei a atacar as pessoas na ruta pedindo se alguém conseguia, ataquei umas motos pequenas mas nada, não tinham e não sabiam quem teria, dai pensei vou entrar vila a dentro e perguntar para todos que eu visse, já que essa situação vem de muito tempo alguém deveria ter gasolina em casa, andei 30/40 metros e encontrei uns garotos de 15/16 anos conversando e com suas motonetas chinesas estacionadas, pedi uma força, que até pagaria mais do que o valor da bomba, e os meninos se interresaram em ajudar passaram a atacar as pessoas e até que eles falaram com o José que vinha numa destas motos chinesas e o José é mecânico e quando eles falaram sobre o que eu precisava ele disse que conseguiria, acompanhei ele até sua casa e lá ele conseguiu oito litro de gasolina, peguei um galão e levei para o Paulo, voltamos todos juntos até a casa do José e ele nos ofereceu mais 12 litros, abastecemos e pagamos 150 Pesos pela gasolina, ele ficou feliz com o dinheiro e nós por poder seguir, mais um anjo que aparece em minhas viagens.

Seguimos com gasolina para chegar em Joaquim Gonzales, mas não sabíamos se teria gasolina lá, o tempo estava agradável e andamos em um ritmo lento para economizarmos o máximo de gasolina, em El Quebarachal passamos por um abate douro com muitas cabeças de gado em um enorme potreiro, o cheiro era terrível, seguimos e na chegada tivemos a grata surpresa de ter gasolina lá em Joaquim Gonzales, enchemos os tanques da guerreiras, descansamos um pouco e fomos em frente, essas situações deixam todos muito tensos e cansados, mas ainda estávamos longe de nosso destino, seguimos e a estrada ao entrar na Província de Salta ficou horivel, a XT660 vai embora, mas a Ninja e a Burgman não tem como andar, então ia eu na frente avisando onde tinha buraco, mas mesmo assim a Burgman quase decolou em buraco grande... logo chegamos na auto estrada e pegamos o rumo de Jujuy, andamos 15 km e começou a chover e tambem logo anoiteceu, então cansados, com chuva e a noite e com mais de 100 km ainda para fazer... Chegamos em Jujuy passado das 21 hs. e essa é mais uma cidade bem sinalizada e encontramos um hotel bem no centro, Hotel Internacional de otima qualidade e por um preço bom e com garagem, como viajamos com muita chuva nossas roupas, luvas e bagagens começaram a ficar molhadas e isso nós deixou bem preocupados, tomamos banho e fomos jantar, voltamos logo e fomos dormir, por que amanha vamos subir a cordilheira e o Paso de Jama nos aguarda.

SEGUNDO DIA - 26 de Março de 2011 - Santiago/BR X Saenz Peña/AR

Mal amanheceu e estávamos acordados, o dia amanheceu chuvoso com uma fina garoa, fomos tomar café e logo fomos arrumando nossas coisas para pegar a estrada, quando saímos a chuva logo em seguida parou e até sol apareceu, muitas retas e pouco movimento até a entrada de São Borja, onde ao chegar fomos diretamente até a ponte internacional, que confesso me decepcionou, esperava uma ponte com estilo antigo e o que encontro é uma ponte moderna e com pouco movimento, rapidamente chegamos a aduana, ali nosso terceiro companheiro, Paulo com uma Burgman 400 já nos aguardava com um chimarão buenacho, nos comprimentamos, trocamos impressões sobre a viagem até então já que o Paulo havia saído de Xangri-Lá ja havia uma semana e tinha ido a Serafina Correia visitar seus familiares e nos aguardou já em solo Argentino, rapidamente fizemos os trâmites aduaneiros e fizemos algum cambio, e quando olho a chuva havia começado novamente, saímos com chuva para abastecer em Santo Thomé/AR, ali perdemos mais algum tempo e saímos passado das 11:00 hs. debaixo de mais chuva, seguimos com chuva forte alternando com chuva fraca e já nos primeiros km vimos que a Burgman na chuva não tem estabilidade, mas parceria é parceria, entramos em Itá-Ibate/AR para almoçar, comemos uma milanesa e seguimos e logo nos primeiros km a chuva se fez presente com muita força, muitas retas com alguns caminhões que levantavam muita agua e sujeira, no final da tarde sobre chuva atravessamos a cidade de Corrientes/AR, que é uma cidade grande e bem organizada e muito bem sinalizada, que nós fez rapidamente seguir até a ponte sobre o Rio Paraná, ali paramos para tirar algumas fotos e ficamos impressionados com a beleza da ponte, e nesse tempo que tiramos as fotos a chuva deu uma trégua, seguimos e fomos em direção a Resistencia/AR, passando reto na entrada da cidade, ali notamos que existem poucos postos de combustíveis no lado da nossa mão o que nos levou a abastecer já com as motos na reserva, seguimos e fomos com o tempo nublado mas sem chuva até Saenz Peña onde chegamos as 20 hs. e fomos diretamente ao Hotel Acomcagua, preço de 230 pesos para os três, nos acomodamos e fomos jantar, a impressão que tivemos é que Saenz Peña é uma cidade de média para pequena e meio bagunçada no transito, voltamos para o hotel e lá falei ou tentei pelo menos falar com dois Austríacos que estava com duas Transalp alugadas e rumando ao Chile, fomos dormir antes da meia noite, pois amanha teremos o Chaco Argentino pela frente.

sábado, 26 de março de 2011

PRIMEIRO DIA - 25 de Março de 2011 - Xangri-Lá/BR X Santiago/BR

Almocei com minha familia, minha bagagem ja estava pronta a alguns dias, me despedi e ao sair fiquei pensando: será que não vou me arrepender? Não é facil deixar a esposa e uma filha e sair no mundo!

Segui a até a casa de um dos meus companheiros e finalmente saímos em viagem, a ansiedade das últimas semanas nos fez sair com meio dia de antecedencia, saimos de Xangri-Lá as 13 hs. Eu, Rogério com XT660R e Rafael com Ninja 250, com o tempo emburrado e prometendo chuva, antes de chegarmos em Osório nossa previsão de chuva começou a se confirmar e logo ao chegar na BR 290 alternava-se chuva e tempo nublado, rapidamente estávamos em Canoas e pegamos o rumo de Santa Maria, nesse caminho muitos pardais e muita chuva, e quando começava a anoitecer estávamos na engarrafada Santa Maria, por este motivo decidimos tocar mais um pouco, pois a chuva havia dado uma trégua, seguimos firme e antes das 21 hs. estávamos em Santiago, onde paramos em um bom hotel de beira de estrada, jantamos e fomos dormir.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ANSIEDADE:

"UM DIA É PRECISO PARAR DE SONHAR E, DE ALGUM MODO, PARTIR." (AMYR KLINK)

Faltando pouco mais de um mês para a partida, a ansiedade começa a tomar conta das madrugadas.