terça-feira, 29 de março de 2011

TERCEIRO DIA - 27 de Março de 2011 - Saenz Peña/AR X San Salvador de Jujuy/AR

Acordamos e chovia, fomos tomar aquele café tradicional Argentino com pouco o que comer, mas isso é tradicional deles, arrumamos as coisas e saímos, abastecemos as motos no trevo de saída da cidade e seguimos debaixo de muita chuva, andávamos em velocidade baixa, pois alem da chuva haviam muitos buracos na ruta, paramos uns 50 km a frente para falarmos sobre a chuva e os buracos, mais a frente em Pampa del Infierno paramos, e tive que por mais roupas pois o frio estava grande, sei que isso no Chaco não é normal pois todos são queixosos quanto ao calor mas é isso mesmo estava frio, tomamos um café quente e seguimos, não abastecemos as motos pois tínhamos rodado poucos km desde o abastecimento, seguimos e a chuva nos acompanhou por mais algum tempo e aos poucos o tempo de chuvoso passou a nublado, seguimos para Pampa de Los Guanacos e tivemos a surpresa de não ter gasolina nos postos, seguimos com o objetivo de almoçar em Monte Quemado e lá abastecer, chegamos lá não tinha gasolina em nenhum dos dois postos, almoçamos em um restaurante horivel, uma sujeira terrível com banheiros imundos, mas era o que tinha e pelo geito a cidade não é das melhores.

Ai, nossa situação começo a ficar complicada pois tínhamos mais 50 km até Toco Pozo e minha moto já estava na reserva e as dos companheiros também tinham pouca gasolina e tinha mais a possibilidade de não ter gasolina lá, mas não adiantava ficar ali parados, seguimos, e a 15 km de Poco Pozo faltou gasolina na Burgman, paramos e decidimos que eu iria buscar gasolina, acelerei a XT660 e em poucos minutos estava na pequena cidade, fui nos dois postos e não havia nada de gasolina, pedi que conseguissem dois litro para buscar o Paulo mas nada, não tinha e nem se interresaram em ajudar, passei a atacar as pessoas na ruta pedindo se alguém conseguia, ataquei umas motos pequenas mas nada, não tinham e não sabiam quem teria, dai pensei vou entrar vila a dentro e perguntar para todos que eu visse, já que essa situação vem de muito tempo alguém deveria ter gasolina em casa, andei 30/40 metros e encontrei uns garotos de 15/16 anos conversando e com suas motonetas chinesas estacionadas, pedi uma força, que até pagaria mais do que o valor da bomba, e os meninos se interresaram em ajudar passaram a atacar as pessoas e até que eles falaram com o José que vinha numa destas motos chinesas e o José é mecânico e quando eles falaram sobre o que eu precisava ele disse que conseguiria, acompanhei ele até sua casa e lá ele conseguiu oito litro de gasolina, peguei um galão e levei para o Paulo, voltamos todos juntos até a casa do José e ele nos ofereceu mais 12 litros, abastecemos e pagamos 150 Pesos pela gasolina, ele ficou feliz com o dinheiro e nós por poder seguir, mais um anjo que aparece em minhas viagens.

Seguimos com gasolina para chegar em Joaquim Gonzales, mas não sabíamos se teria gasolina lá, o tempo estava agradável e andamos em um ritmo lento para economizarmos o máximo de gasolina, em El Quebarachal passamos por um abate douro com muitas cabeças de gado em um enorme potreiro, o cheiro era terrível, seguimos e na chegada tivemos a grata surpresa de ter gasolina lá em Joaquim Gonzales, enchemos os tanques da guerreiras, descansamos um pouco e fomos em frente, essas situações deixam todos muito tensos e cansados, mas ainda estávamos longe de nosso destino, seguimos e a estrada ao entrar na Província de Salta ficou horivel, a XT660 vai embora, mas a Ninja e a Burgman não tem como andar, então ia eu na frente avisando onde tinha buraco, mas mesmo assim a Burgman quase decolou em buraco grande... logo chegamos na auto estrada e pegamos o rumo de Jujuy, andamos 15 km e começou a chover e tambem logo anoiteceu, então cansados, com chuva e a noite e com mais de 100 km ainda para fazer... Chegamos em Jujuy passado das 21 hs. e essa é mais uma cidade bem sinalizada e encontramos um hotel bem no centro, Hotel Internacional de otima qualidade e por um preço bom e com garagem, como viajamos com muita chuva nossas roupas, luvas e bagagens começaram a ficar molhadas e isso nós deixou bem preocupados, tomamos banho e fomos jantar, voltamos logo e fomos dormir, por que amanha vamos subir a cordilheira e o Paso de Jama nos aguarda.

SEGUNDO DIA - 26 de Março de 2011 - Santiago/BR X Saenz Peña/AR

Mal amanheceu e estávamos acordados, o dia amanheceu chuvoso com uma fina garoa, fomos tomar café e logo fomos arrumando nossas coisas para pegar a estrada, quando saímos a chuva logo em seguida parou e até sol apareceu, muitas retas e pouco movimento até a entrada de São Borja, onde ao chegar fomos diretamente até a ponte internacional, que confesso me decepcionou, esperava uma ponte com estilo antigo e o que encontro é uma ponte moderna e com pouco movimento, rapidamente chegamos a aduana, ali nosso terceiro companheiro, Paulo com uma Burgman 400 já nos aguardava com um chimarão buenacho, nos comprimentamos, trocamos impressões sobre a viagem até então já que o Paulo havia saído de Xangri-Lá ja havia uma semana e tinha ido a Serafina Correia visitar seus familiares e nos aguardou já em solo Argentino, rapidamente fizemos os trâmites aduaneiros e fizemos algum cambio, e quando olho a chuva havia começado novamente, saímos com chuva para abastecer em Santo Thomé/AR, ali perdemos mais algum tempo e saímos passado das 11:00 hs. debaixo de mais chuva, seguimos com chuva forte alternando com chuva fraca e já nos primeiros km vimos que a Burgman na chuva não tem estabilidade, mas parceria é parceria, entramos em Itá-Ibate/AR para almoçar, comemos uma milanesa e seguimos e logo nos primeiros km a chuva se fez presente com muita força, muitas retas com alguns caminhões que levantavam muita agua e sujeira, no final da tarde sobre chuva atravessamos a cidade de Corrientes/AR, que é uma cidade grande e bem organizada e muito bem sinalizada, que nós fez rapidamente seguir até a ponte sobre o Rio Paraná, ali paramos para tirar algumas fotos e ficamos impressionados com a beleza da ponte, e nesse tempo que tiramos as fotos a chuva deu uma trégua, seguimos e fomos em direção a Resistencia/AR, passando reto na entrada da cidade, ali notamos que existem poucos postos de combustíveis no lado da nossa mão o que nos levou a abastecer já com as motos na reserva, seguimos e fomos com o tempo nublado mas sem chuva até Saenz Peña onde chegamos as 20 hs. e fomos diretamente ao Hotel Acomcagua, preço de 230 pesos para os três, nos acomodamos e fomos jantar, a impressão que tivemos é que Saenz Peña é uma cidade de média para pequena e meio bagunçada no transito, voltamos para o hotel e lá falei ou tentei pelo menos falar com dois Austríacos que estava com duas Transalp alugadas e rumando ao Chile, fomos dormir antes da meia noite, pois amanha teremos o Chaco Argentino pela frente.

sábado, 26 de março de 2011

PRIMEIRO DIA - 25 de Março de 2011 - Xangri-Lá/BR X Santiago/BR

Almocei com minha familia, minha bagagem ja estava pronta a alguns dias, me despedi e ao sair fiquei pensando: será que não vou me arrepender? Não é facil deixar a esposa e uma filha e sair no mundo!

Segui a até a casa de um dos meus companheiros e finalmente saímos em viagem, a ansiedade das últimas semanas nos fez sair com meio dia de antecedencia, saimos de Xangri-Lá as 13 hs. Eu, Rogério com XT660R e Rafael com Ninja 250, com o tempo emburrado e prometendo chuva, antes de chegarmos em Osório nossa previsão de chuva começou a se confirmar e logo ao chegar na BR 290 alternava-se chuva e tempo nublado, rapidamente estávamos em Canoas e pegamos o rumo de Santa Maria, nesse caminho muitos pardais e muita chuva, e quando começava a anoitecer estávamos na engarrafada Santa Maria, por este motivo decidimos tocar mais um pouco, pois a chuva havia dado uma trégua, seguimos firme e antes das 21 hs. estávamos em Santiago, onde paramos em um bom hotel de beira de estrada, jantamos e fomos dormir.